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CIARA

Âmbito

Promoção Empresarial e Territorial

Freguesia

Couto

Proponente

TIAGO VELOSO AFONSO

Data Submissão:

26-04-2023

Centro Interpretativo do Ambiente Rural-Rio Ázere CIARA Proposta de Candidatura para o Orçamento Participativo Municipal 2023

Nota Preliminar:

Esta candidatura, é apresentada em nome dos seguintes jovens residentes no Couto: Marcelo Silva Barreiro; Diogo André Barros Rodrigues; Daniela Catarina Barros de Freitas; Margarida Barros Esteves; Melânia da Anunciação Ferreira Araújo; Tiago Veloso Afonso; Maria Fernandes Cunha Sara Barros do Amaral Esteves. Ricardo Barros Esteves; André Barros do Amaral Esteves.

Enquadramento

O mundo rural que floresceu nas localidades que circundam as margens do Rio Ázere, entre o final do século XIX e a primeira metade do século XX, é hoje a memória de uma época difícil para a esmagadora maioria da população. Homens e mulheres trabalhavam arduamente, de sol a sol, para obterem o parco sustento que lhes garantia uma sobrevivência sofrida, mas honrada. Um quotidiano marcado por enormes desigualdades sociais, em que a terra era propriedade de poucos e local de trabalho para muitos, foi o cenário em que se construiu um período marcante da história. É esse mundo rural, ainda tão presente na memória dos mais velhos, mas já tão distante para os mais novos, e que nem sempre a história se encarregou em documentar, que pretendemos preservar enquanto memória identitária do povo, gente sofrida, forte e de grande dignidade.

O Centro Interpretativo do Rio Ázere que ambicionamos edificar, constituirá o baluarte do património coletivo material e imaterial do Rio, encontrando neste espaço a justa homenagem às gentes e à terra através da salvaguarda desta herança, a qual se encontra em risco de desaparecimento.

Na freguesia do Couto, situa-se o edifício da antiga escola primária, o qual derivou do impulso dado pelo Plano dos Centenários a cargo do Estado Novo para a construção dos edifícios escolares no país, tendo o Couto sido também beneficiado.

Hoje, com a centralização da escola no Agrupamento Escolar de Arcos de Valdevez, este edifício serve outros fins em prol das atividades culturais e recreativas da freguesia, sendo que o seu usufruto e manutenção é cedido pelo Município de Arcos de Valdevez à ACDUC (Associação Cultural e Desportiva Unidos do Couto) e à Junta de Freguesia do Couto, legalmente previsto através de um Protocolo de Cedência de Instalações.

Este edifício simboliza, portanto, um marco na história da freguesia, sendo um perfeito reflexo dos sinais dos tempos que o sistema político e a conjuntura socioeducativa deixaram impressos e que por isso, o seu simbolismo justifica que parte da escola primária seja utilizada para o funcionamento do Centro Interpretativo, sem necessidade de investimentos avultados para a sua requalificação. Para que isso se torne realidade, pretendemos realizar intervenções pontuais numa das salas do edifício com vista a realizar as necessárias reparações com a melhoria do comportamento térmico e consequente redução das necessidades energéticas, assim como apetrechar o espaço para que proporcione autênticas experiências visuais e auditivas aos futuros visitantes. Pretendemos também fazer uma intervenção externa de melhoria e de adaptação do espaço para que fique mais aprazível e mais acessível, sobretudo para as pessoas com mobilidade reduzida.

Em boa verdade, cremos que a revitalização do edifício da antiga escola primária, será crucial para que se proporcione as condições ideais para o aparecimento da atividade, fruição e lazer da referida área, para além de se revestir de um significativo impacto que a intervenção terá na dinâmica social, cultural, turística e económica local, não só na freguesia do Couto, mas também em todas as freguesias do Concelho de Arcos de Valdevez, as quais decerto beneficiarão das atividades lúdico-pedagógicas e culturais que forem desenvolvidas, contribuindo desta forma para o enraizamento da história do município e a sua perdurabilidade pela voz dos mais jovens.

Assim, pretendemos imprimir no Centro Interpretativo, uma verdadeira experiência sensorial sobre o que o rio foi, é e o que poderá ainda ser.

Com este Centro Interpretativo ambicionamos lançar as pedras basilares da memória de um passado que queremos preservar e com ele projetar para um futuro sustentável e promissor para a sua usufruição pelas futuras gerações. Para o efeito, para além de pretendermos requalificar parte do antigo edifício da escola primária para que constitua o principal núcleo das atividades a desenvolver, importa referir que o Centro Interpretativo não se confinará unicamente ao edifício, pois pretenderemos que seja a porta de visita para toda a envolvência do rio, para se experimentar as vivências quotidianas da população, no seu mais puro ruralismo.

Será também a porta de entrada para conhecer práticas agrícolas ancestrais, tradições singulares e testemunhos únicos. Temas como a moagem, o cultivo da terra, a confeção do pão, a produção do vinho e o linho serão recolhidos dando resposta à inventariação do património imaterial do território, sem esquecer também a vital importância e o valor que os moinhos agregam ao longo da margem do Rio Ázere.

Embora seja um confluente do rio Vez e portanto um rio menor, o Rio Ázere desempenhou um papel de charneira na economia local, pois a sua morfologia e força da corrente permitiram o seu aproveitamento motriz, tendo resultado na instalação de diversas azenhas e moinhos hidráulicos, desconhecendo-se as datas de suas criações. Porém, sabe-se que em 1758, no Couto e no rio Ázere já existiam “4 casas de moinhos”: os moinhos de Fijoinho (lagar de azeite – engenho de serra), Pielas, Pousada ou Brites no lugar da Aldeia e Cachão no lugar da Bouça, pois sabemos que o das Poldras (lagar de azeite) é relativamente moderno, provavelmente da primeira metade do século XX.

Por outro lado, a construção e manutenção dos Açudes para conservar a água de rios e ribeiros como reserva energética para acionar maquinaria foi fundamental para o funcionamento dos moinhos.

Nas margens do rio Ázere a partir da ponte em Grade até ao sítio da Afunção, onde o Ázere se junta ao Vez, ainda existem 10 açudes que forneciam energia hídrica para acionar 20 mós, 2 engenhos de serra, 2 lagares de azeite e 2 engenhos de linho.

No ribeiro da Castelagem funcionavam duas mós em dois moinhos. No sítio do Murteiro também existiu um moinho de uma mó. Para além destes moinhos, havia ainda outros particulares de uma só unidade de moagem, para uso exclusivo de seus proprietários, como por exemplo, no lugar de Pinheiro, onde existiam dois moinhos alimentados pela água do ribeiro de Porta Cubelo conduzida através do rego que servia um regadio no referido lugar. Sendo um deles conhecido como “Moinho de Zinco”; no lugar da Aldeia, outros dois desses moinhos particulares são no ribeiro da Castelagem, afluente do Ázere, embora se encontrem desativados e em ruínas e outro no sítio do Murteiro, o qual pertenceu à quinta do Couto da Costa; no ribeiro das Poças/Padornelos em Selim e próximo do lugar, também aí existem as ruínas de um pequeno moinho envolvido pelo mato, e, por fim, em Celeiros, o qual data do ano de 1886, foi convertido em alojamento turístico com o nome de “Casa do Rio Vez” (embora este já faça parte integrante do rio Vez, e portanto fora do raio geográfico do Rio Ázere).

Tempo houve em que as famílias preparavam em casa o seu pão que coziam no forno de sua casa. Mas, com o abandono da agricultura acabou a produção de cereais e terminaram os moleiros. Alguns dos poucos agricultores que ainda insistiam em cultivar as suas terras, passaram a moer o seu cereal em suas casas, em moinhos elétricos. É este o passado que o Centro Interpretativo assume como herança e pretende constituir como memória do mundo rural, através do qual o Rio Ázere protagonizou os principais marcos que a história deixou imprimida na sua população: época de injustiças, pobreza e dura labuta para a grande maioria da população.

A divisão dos diferentes trabalhos e das épocas do ano em que eram realizados, bem como as festas, romarias e costumes tradicionais serão também o mote para relembrar esses tempos e difundi-los pelas gerações mais novas.

Objetivos

Com o objetivo primordial de enraizar a comunidade no território, o Centro Interpretativo do Rio Ázere permitirá lançar as bases para a dinamização de um conjunto de atividades de valor social, educativo e cultural, de carácter permanente.

Como tal, encerra como objetivos:

- Reabilitar uma sala do antigo edifício da escola primária para possibilitar o funcionamento do Centro Interpretativo, dotado missão cultural com valência museológica integrando laboratórios de aprendizagem, centro documental e área para eventos temporários;

- Promover uma educação experiencial em torno das potencialidades e recursos oferecidos pelo rio;

- Sinalizar o património arquitetónico existente ao longo das margens do rio Ázere (moinhos, pontes, fontes) assim como os percursos pedestres;

- Estimular o desenvolvimento de competências ambientais e sociais, através da interação entre o grupo e pela exploração da realidade local;

- Promover o intercâmbio de conhecimento e intergeracional nas áreas ligadas ao rio, como o linho, os lagares, os moinhos, incrementando novas tecnologias e partilha de experiências.

Atividades

Atividade: Albergar uma exposição permanente com informação sobre a fauna e flora do rio Ázere, conselhos úteis, boas práticas.

Descrição: A exposição permanente pretende ser um espaço dedicado à fauna e à flora do rio Ázere que se destina a públicos de todas as idades. Para além da intenção em comunicar e divulgar a fauna e a flora, pretende também cultivar nos visitantes o gosto e a curiosidade sobre a riqueza, a (bio) diversidade e a fragilidade do ecossistema associado ao rio. Como tal, pretende-se converter a exposição numa experiência verdadeiramente sensorial e real, através de uma visita virtual às margens do Rio Ázere.

Justificação: A exposição permanente sobre a fauna e a flora do Rio Ázere pretende conduzir e sensibilizar os visitantes sobre a existência de espécies autóctones que conferem singularidade ao Rio Ázere, um local que deve ser preservado e valorizado, para que o seu valor seja perpetuado para as gerações vindouras.

Recursos materiais:

1. Painéis informativos/painéis fotográficos em acrílico, em grande plano demonstrativos da fauna e da flora do rio Ázere + expositores em grande plano demonstrativos da fauna e da flora do rio Ázere

2. Projetor de imagem

3. Brochura com informação sobre as espécies dominantes da fauna e da flora do rio Ázere

4. Livrete com conteúdos relacionados com as boas práticas e conselhos úteis sobre a preservação da fauna e da flora.

5. Equipamento de som (para a reprodução do som do movimento das águas do rio, correntes e cascatas, assim como o som dos elementos da natureza, compreendendo a fauna e a flora (sons dos pássaros, das lontras, etc.)

6. Óculos de realidade virtual.

Atividade: Realizar cursos, formação, workshops e debates, cujos objetivos e abordagem se baseiem no aproveitamento sustentável dos cursos de água.

Descrição: O percurso pelas margens do Rio Ázere, pela sua dimensão e características, constituirá um espaço privilegiado para a promoção de atividades pedagógicas, sobretudo ao nível da educação ambiental e cívica, para além do papel que a exposição permanente vai desempenhar, tendo esta um pendor mais cultural e histórico. A realização das atividades pedagógicas, abrangerá diversos públicos, desde crianças em escolas, instituições ou em famílias, desde o infantário ao ensino especial e aos adultos. As temáticas a desenvolver serão a natureza, a fauna, a flora, a agricultura biológica, a alimentação saudável, o nosso território e a nossa cultura, a racionalização de recursos (3R, reciclagem, energias renováveis), saberes artesanais, a confeção do pão, a transformação do linho, e outras afins.

Justificação: O Rio Ázere e toda a sua envolvência, é um local de excelência para o contacto com a natureza, lazer, convívio e desporto, o que quer dizer que também poderá ser um veículo para a promoção da educação ambiental, cívica, ética, cultural e histórica, sempre em prol do aproveitamento sustentável do rio, pelo que se propõe o desenvolvimento de uma panóplia diversificada de atividades educativas formais e não formais, tendo como pressuposto que a sustentabilidade do rio passará pela valorização de boas práticas e de comportamentos e atitudes respeitadoras das pessoas, da natureza e das gerações futuras. Como tal, para além da vertente de lazer e de contacto com a natureza, o rio Ázere propiciará a cultura e a educação, vertentes para as quais contribuirá a estrutura do Centro Interpretativo.

Recursos materiais:

1. 1 Mesa oval, com capacidade até 8 pessoas

2. 16 cadeiras com meses integrada

3. Videoprojector

4. 1 Flipchart

5. 1 Ecrã mural para projeção

6. Suportes didáticos: papel em vários formatos e texturas, canetas, capas, lápis

7. Internet

8. 1 Computador

9. 1 Impressora

10. 1 Câmara (para videoconferências)

Atividade: Coleção, inventariação e exposição de máquinas agrícolas, equipamentos e utensílios

Descrição: A margem do rio Ázere é fértil em achados antigos que caracterizam uma época fortemente orientada para a agricultura. Desde as estruturas de pedra que formavam os moinhos até aos equipamentos responsáveis pela transformação das matérias-primas, passando por um conjunto importantíssimo de equipamentos agrícolas que sustentavam os trabalhos agrícolas, torna-se necessário sinalizá-los, e criar os pontos de referência da sua localização.

Através deste considerável espólio de instrumentos do mundo rural, pretende-se dar a conhecer antigos ofícios e modos de vida ligados ao trabalho do campo, valorizando e colocando à disposição do público uma herança cultural e etnográfica coletiva. Quem passar por este espaço pode reviver vivências de antigamente e apreciar, entre outros objetos, charruas de madeira e ferro, cangas para Equídeos e Bovinos, grades de diversos tipos, atomizadores, pulverizadores, bombas de trasfega, motobombas, ferramentas manuais, etc.

Esta colaboração e envolvência podem constituir-se como uma mais-valia para as pessoas que no passado trabalharam no campo, bem como para os mais novos, que olham para os mais velhos com admiração, através do conhecimento do trabalho de outras épocas.

Esta mostra será integrada no espaço contínuo da sala principal do Centro Interpretativo, ou em alternativa no alpendre que se encontra na traseira do edifício da escola primária.

Justificação: A história da povoação que ao longo do tempo foi se estabelecendo ao longo do rio Ázere, prova que as águas do rio impulsionaram diversas atividades económicas imprescindíveis para a prática da agricultura e para a produção de pão, azeite, vinho e linho, estando por isso naturalmente associadas à história deste território, que marcam a sua identidade constituindo uma das heranças antigas que importa preservar.

Recursos materiais:

1. Placas em acrílico coma descrição do equipamento;

2. Montras para a exposição de utensílios.

Atividade: Coleção, inventariação, digitalização e exposição de fotografias que retratam os moleiros, as lavadeiras, as pessoas que usavam o rio, um dos seus modos de vida.

Descrição: Será promovida uma ação de divulgação e de incentivo para se recolher as fotos que retratam os tempos antigos, sobretudo as que sejam representativas da vida quotidiana da população, tendo como pano de fundo a usufruição do rio como um complemento da sua atividade quotidiana. Neste aspeto, serão considerados os moleiros, as lavadeiras e serão recolhidos testemunhos vivos, através da realização de entrevistas, para retratarem a sua vida e como é que a usufruição do rio foi importante para a sua sobrevivência.

Todo este trabalho será alvo de um aturado registo, inventariação assim como como a digitalização, sempre com a finalidade de mostrar aos visitantes toda a componente humana, as suas vivências e vicissitudes de vida.

Justificação: Moleiros, lavadeiras, agricultores, tecedeiras e pessoas incógnitas, dão corpo a uma herança passada em risco de esquecimento. Serão procurados pontos de referência, testemunhos e retratos que permitam reavivar este passado através de um testemunho que se pretende vivo e presente, para que os mais jovens identifiquem neles as suas raízes, e a razão do seu propósito como cidadão consciente e interventivo para a preservação do património imaterial que o rio Ázere corporiza.

Recursos materiais:

1. Scanner;

2. Placards para a colocação das fotos.

Atividade: Conceber um programa de atividades partilhadas com a comunidade em torno do património cultural, paisagístico e arquitetónico do Rio Ázere, compreendendo também os moinhos.

Descrição: O programa de atividades do Centro Interpretativo, comportará um conjunto de iniciativas periódicas, que passarão essencialmente pela dinamização de: - Visitas guiadas, como por exemplo visitas orientadas de carácter global, abrangendo todos os temas presentes na exposição permanente do Centro Interpretativo e visitas orientadas de carácter temático, abordando temáticas específicas ou uma exposição temporária.

-Eventos-exposição, “Pensar o Futuro do Rio”, focado nos jovens que iniciam o seu futuro profissional quanto à pertinência das atividades ligadas ao rio (turismo, conservação da natureza, tecelagem);

- Eventos desportivos aquáticos, em especial a pesca desportiva, polo aquático, canoagem, Kayak Polo;

- Percurso dos trilhos a criar ou os já existentes: Caminho Minhoto-Ribeiro; trilho do linho, trilho do pão, trilho da ponte do pau,…

Justificação: O Centro interpretativo propõe-se como sendo um espaço aberto e polivalente, procurando proporcionar verdadeiras experiências lúdico-pedagógicas as quais pretenderão incidir nas pessoas de várias faixas etárias.

A elaboração do Programa de atividades será definida anualmente, tendo sempre como primado a adoção da metodologia participativa, colocando o grupo dos jovens e dos mais velhos no centro da sua ação, ou seja, cada um contribuirá para a delineação das atividades específicas, para garantir que as atividades sejam atuais e de interesse por um espectro alargado de utilizadores.

Recursos materiais:

1. Placas de sinalização em cada um dos trilhos

2. Painéis informativos nos quatro moinhos principais

Atividade: Realização de ações de voluntariado com vista a preservar e embelezar as margens do Rio Ázere.

Descrição: Com vista a manter a preservação e o embelezamento das áreas envolventes do Rio Ázere, procurar-se-à a colaboração da população residente, sobretudo os mais jovens para que tenha parte ativa neste processo de trabalho, o qual passará essencialmente pela realização de intervenções de desbaste e limpeza da vegetação infestante. Pretender-se-á ao mesmo tempo, aliar o árduo trabalho com um clima de convívio e de boa disposição entre a população

Justificação: Impera a necessidade de criar as condições mínimas para que se possa usufruir da beleza que toda a envolvência do rio proporciona. Por outro lado, é necessário fazer com que os jovens conheçam o território com maior profundidade e assim possam melhor desempenhar o seu papel de cidadania. Como tal, para além dos mesmos serem confrontados com a leitura de diferentes tipos de mapas, nomeadamente hidrográfico, topográfico, geológico e de divisão administrativa, para reconhecerem algumas das características territoriais do rio, a sua participação nas equipas de voluntariado, decerto que permitirá a cristalização da capacidade dos jovens de ler o território e ter conhecimento dos seus recursos.

Adicionalmente, considera-se que aguçando o interesse dos jovens pelas características naturais do terreno, permitir-lhes-á sensibilizá-los para o planeamento, a dinamização da intervenção do Centro Interpretativo, criando as necessárias condições para a sua sustentabilidade.

Recursos materiais:

1. Máquinas e ferramentas de limpeza da vegetação.

2. Combustível.

Atividade: Implementar uma campanha de divulgação e comunicação para afirmação do sentido identitário local – Rio Ázere.

Descrição: Este é o momento em que será criada a identidade visual do Centro Interpretativo.

Deverá ser desenvolvido um logotipo e adquirido um domínio para a plataforma, que servirão de guia para a escolha das cores, das fontes e da disposição das funcionalidades da plataforma.

Tendo em conta os recursos limitados do orçamento, não será possível contratar uma empresa de design e multimédia para auxiliar nas escolhas e apresentar sugestões a partir de um ponto de vista profissional. Como tal, procurar-se-á, junto do grupo dos jovens e entre estes e o serviço de imagem e comunicação do município, conceber uma identidade visual que permita funcionar como uma marca de referência do Centro Interpretativo, facilmente reconhecível pelos munícipes.

Paralelamente, será elencada uma campanha de divulgação e de comunicação do Centro Interpretativo, a qual irá assumir diversas configurações:

  1. Website

O website constituirá uma das principais fontes de informação sobre o Centro Interpretativo para um espectro alargado de utilizadores.

O website, será criado imediatamente após o arranque do Centro Interpretativo e será mantido mesmo após o termo do financiamento.

O website será composto pelas em secções seguintes:

- O Centro Interpretativo

- Missão

- História

- O Edifício

- O Rio Ázere

- Os Moinhos

- As pessoas

- Os Produtos tradicionais

- Fauna e flora

- Mapas

- Percursos Pedestres

- Normas

- Núcleo Educativo

- Visitas Guiadas

- Notícias

- Agenda

- Eventos e atividades

- Galeria de Imagens

- Horário de Funcionamento

- Publicações

- Sugestões

- Informações úteis

- Contactos Será concebido de modo a ser um site informativo, sem complicações e com uma linguagem clara que permita uma comunicação amplamente entendível.

Por seu turno, o website irá congregar os materiais de comunicação que serão produzidos ao longo da intervenção assim como outros materiais de comunicação de interesse para os utilizadores, como por exemplo os press releases, a brochura, as apresentações dos seminários e sessões de apresentação, links para artigos, clipping, todos eles com a identificação do projeto e da fonte de financiamento (Orçamento Participativo Municipal, Câmara Municipal de Arcos de Valdevez).

2. Panfleto e Poster Serão preparados panfletos e um posters em períodos distintos com mensagens coerentes com o ponto de desenvolvimento da intervenção: a 1ª edição será realizada com o arranque do projeto, com o objetivo de divulgar os objetivos, atividades, e os resultados esperados; a 2ª edição, assim que a estrutura física do Centro Interpretativo esteja concluída, de modo a dar a conhecer a sua estrutura, material e imaterial, atividades previstas e serviços a prestar, numa perspetiva de criar as bases para a sua sustentabilidade futura.

3. Newsletter Será produzida uma newsletter com uma periodicidade semestral a qual terá início no segundo semestre e será de carácter contínuo, a qual pretenderá destacar as atividades e os resultados mais relevantes alcançados com a criação e a dinamização do Centro Interpretativo.

A newsletter poderá ser facilmente distribuída às instituições relevantes, incluindo as escolas, assim como para todas as pessoas que o desejarem receber, mediante a inscrição prévia disponível no site. Todas as newsletters serão arquivadas na secção de divulgação do website.

4. Publicações: artigos de jornais e revistas Por norma, os artigos publicados em jornais constituem um meio flexível e abrangente para que o Centro Interpretativo seja conhecido. Como tal, serão preparados e publicados artigos em revistas e jornais, locais e regionais.

5. Sessões de Apresentação As sessões de apresentação do Centro Interpretativo constituirão um dos meios de divulgação mais poderosos.

As sessões de apresentação serão realizadas de modo permitir um clima propício para o debate e troca de ideias sobre as principais descobertas, feitos, realizações e recomendações com as diversas partes interessadas.

Por conseguinte, está prevista uma sessão de apresentação logo que o Centro Interpretativo tenha a sua estrutura física terminada, assim como serão realizadas sessões de apresentação de carácter contínua, sempre em complementaridade com a realização de outras atividades do Centro (visitas guiadas, abertura de exposições, realização de atividades lúdico-desportivas).

O Centro Interpretativo far-se-á representar através da sua participação em eventos promovidos pelo Município ou outras entidades, como por exemplo as escolas.

A sua finalidade será captar a comunidade de stakeholders sobre as potencialidades e o interesse a nível educativo e cultural que o Centro Interpretativo se reveste para a valorização do património ambiental e imaterial do Município de Arcos de Valdevez.

6. Redes Sociais As redes sociais constituem outros dos canais de comunicação que assume um espectro considerável de utilizadores.

Para tal, o Centro Interpretativo será difundido através das redes sociais mais populares, tais como o linkedin, Twitter e Facebook.

Justificação: A comunicação externa que será empreendida, tem como finalidade última captar a atenção sobre a relevância e a utilidade do Centro Interpretativo para os cidadãos arcuenses assimilarem sobre o seu valor patrimonial, histórico e ambiental assim como a sua importância para unir vários pontos em termos do património imaterial, cuja preservação e valorização é fundamental para dar solidez à história do Município, a qual também se faz pela relação humana.

Neste sentido, é esperado que algumas atividades tenham mais impacto do que outras, por isso a utilização dos diversos meios de comunicação apresentados resultarão sempre numa análise da sua eficácia a partir de perspetivas adicionais, tendo como referência o valor do meio de comunicação utilizado em relação ao seu custo.

Consideramos assim, que o meio de comunicação tem valor quando se verifica que exerce o efeito desejado no que respeita à prossecução da finalidade do Centro Interpretativo, assim como constitui um indicador de referência crítico para a sua sustentabilidade futura.

Recursos materiais:

1. Internet;

2. Domínio e hospedagem do Web site;

3. Impressão de panfletos e posters;

4. Roll up;

5. Placa de Identificação do Centro Interpretativo.

Atividade: Constituir um sistema digital que sirva de repositório para objetos e multimédia, otimizando a recolha de memórias e testemunhos.

Descrição: Pretende-se criar uma estrutura digital que seja parte integrante do website do projeto, a qual deverá ser suficientemente flexível e continuamente atualizável com novos conteúdos e serviços para a gestão informatizada, a valorização e a fruição interativa, assim como informação didática sobre o Rio Ázere.

Considera-se que a criação do sistema digital seja uma ferramenta de excelência para otimizar a consciencialização ecológica e educar a população sobre a importância de preservar a fauna e flora do Rio Ázere, além de ajudar a promover o turismo sustentável no município. Para o efeito, ir-se-á incluir no site, informação sobre as espécies, mapas e rotas digitais para caminhadas e passeios, galeria de fotos e vídeos de animais, plantas e paisagens do rio, visitas virtuais aos moinhos, entre outros…

Justificação: A democratização do conhecimento sobre o Rio Ázere parece-nos uma missão necessária para suscitar o interesse da população em criar iniciativas que venham ampliar as dinâmicas económica, política, cultural e social do município, através do reconhecimento de características identitárias que reforcem a unidade existente em Arcos de Valdevez.

Esperamos incentivar a elaboração de um maior número de discursos pedagógicos, uma melhor prospeção das mudanças socioambientais e a promoção de uma maior partilha de ideias.

Desta forma, a plataforma digital dará suporte tanto para o planeamento das atividades do Centro Interpretativo, como à consciencialização dos cidadãos arcuenses para estas atividades e do potencial da sua região.

Recursos materiais:

1. Internet

2. Domínio e hospedagem do Web site

3. Equipamento de som

4. 1 Computador

5. 1 Câmara (para videoconferências)

6. Scanner.

Orçamento Estimado:

Todos os preços apresentados, têm IVA incluído

1. Painéis informativos/painéis fotográficos em acrílico, em grande plano demonstrativos da fauna e da flora do rio Ázere + expositores: 976€

2. Projetor de imagem:649,90€

3. Brochuras: 500€

4. Livrete com conteúdos relacionados com as boas práticas e conselhos úteis sobre a preservação da fauna e da flora:250€

5. Equipamento de som (para a reprodução do som do movimento das águas do rio, correntes e cascatas, assim como o som dos elementos da natureza, compreendendo a fauna e a flora (sons dos pássaros, das lontras, etc.): 1.006,26€

6. Óculos de realidade virtual: 783,36€

7. 1 Flipchart: 199€

8. 1 Ecrã mural para projeção 2000 x 1513 mm: 314,14€

9. Suportes didáticos: papel em vários formatos e texturas, canetas, capas, lápis:85€

10. 1 computador fixo: 849€

11. 1 impressora Multifunções (impressão, cópia e scanner): 369,98€

12. 1 Câmara (para videoconferências): 13,90€

13. Placas em acrílico com a descrição do equipamento: 115,25€(25 unidades)

14. Montras para a exposição de utensílios: 316€ (4 unidades)

15. Porta folhetos de mesa: 40€ (10 unidades)

16. Bolsas de parede flap para a colocação das fotos: 220,39€ (10 unidades)

17. 1 Expositor móvel: 603,56€

18. Placas de sinalização em cada um dos trilhos: 738€ (4 placas c/poste);

19. Painel informativo para os moinhos: 3.000€ (4 unidades)

20. Domínio e hospedagem do Web site: 150€

Subtotal: 11.179.74€

Obras para arranjo Interior: 1.320€

Total: 12.500€

Nota: As fotos representativas da presente candidatura seguem por e_mail, devido ao facto da plataforma permitir anexar uma candidatura.